Muito pertinente o artigo que trás o comentário do ilustre Ministro do CNJ (representante da OAB) o qual tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente , Dr. Jefferson Kravchychyn , sempre foi uma das minhas maiores discussões com os educadores e dirigentes do ensino jurídico . A minha maior preocupação reporta-se para afirmação de Kravchychyn na exata expressão : "Temos mais de 4 milhões de estudantes que estudam em faculdades que não ensinam mediação, arbitragem, conciliação." . Quem já foi ou é meu aluno poderá comprovar que uma das minhas maiores bandeiras de lutas dentro das IES é justamente com a prática do ensino jurídico que contém os itens mencionados pelo Dr. Jefferson e outros mais e que infelizmente não tem um peso que deveriam ter nas grades curriculares dos inúmeros cursos de direitos. Mas, penso eu , que cabe a todos nós que exercemos as duas funções simultanêamente (educadores do ensino jurídico e advogados) sermos acima de tudo éticos no repassar aos acadêmicos nossos conhecimentos não só teóricos e doutrinários , mas sim, toda a transdisciplinariedade das ementas ofertadas nos cursos e que deveriam cada uma delas, virem acompanhadas da real consciência de seu conteúdo prático em relação às inúmeras demandas em nosso Judiciário, que ao final das contas , tais demandas serão promovidas por um advogado , profissional este , que de certo passou pelos bancos das inúmeras faculdades de direito.
Acompanhem o comentário do CNJ
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O Brasil tem mais faculdades de Direito do que todos os países no mundo, juntos. Existem 1.240 cursos para a formação de advogados em território nacional enquanto no resto do planeta a soma chega a 1.100 universidades. Os números foram informados por Jefferson Kravchychyn, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).“Temos 1.240 faculdades de direito. No restante do mundo, incluindo China, Estados Unidos, Europa e África, temos 1.100 cursos, segundo os últimos dados que tivemos acesso”, disse o conselheiro do CNJ.Segundo ele, sem o exame de ordem, prova obrigatória para o ingresso no mercado jurídico, o número de advogados no País –que está próximo dos 800 mil— seria muito maior. “Se não tivéssemos a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) teríamos um número maior de advogados do que todo o mundo. Temos um estoque de mais de 3 milhões de bacharéis que não estão inscritos na ordem”, afirmou Kravchychyn. Má qualidade Na opinião do conselheiro do CNJ, as faculdades de Direito no Brasil deixam a desejar. “Temos mais de 4 milhões de estudantes que estudam em faculdades que não ensinam mediação, arbitragem, conciliação. Ou seja, temos um espírito litigioso. Tudo eu quero litigar [discutir]. Isso é da formação da própria faculdade”, comentou o conselheiro, que citou, ainda, o perfil do brasileiro que entra com ações na Justiça.“Não quero criticar o advogado, mesmo porque sou um. Mas precisamos mudar a consciência social sobre brigas no judiciário. Como todo mundo tem um advogado ou bacharel em direito na família, ou conhecido, qualquer coisa é motivo para entrar na Justiça”, finalizou. |
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