quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

CPI da Pedofilia do Pará: relatório terá cerca de 300 páginas




Parabenizo o excelente  trabalho do nosso querido amigo  Deputado Arnaldo Jordy , que na qualidade de Presidente da CPI da Pedofilia ,  não mediu esforços , tão pouco o seu tempo como parlamentar  dedicado na fase investigatória dos inúmeros casos apurados pela comissão e que de certo, a  maioria da população do nosso Estado , assim como eu e os destinatários desse e-mail ,  não tinham a menor  noção da proporção e da quantidade  dos crimes cometidos na região Norte , conforme descreve o relatório . Compreendo , que Jordy cumpriu seu papel concluindo o Relatório  , porém para que não fique apenas "no papel" é nesse momento , em que as  autoridades, entidades religiosas e  orgãos de classe que receberão as 300 páginas de muito sofrimento, sangue e  lágrimas descritas através dos depoimentos das vítimas e de seus representantes , que todos eles  deveriam se unir ,  com um único objetivo , executar as  medidas anunciadas ao  final do relatório ,  entre elas, e ao meu ver a primordial para que nenhum caso fique no silêncio , é a criação de núcleos do Propaz e de delegacias especializadas  para o atendimento das vítimas  assegurando-lhes toda proteção do Estado . quem sabe assim ao invés de reduzir , acabe de vez  com essa crueldade  que assola o nosso País e me parece que  o Pará se não for o Campeão  dos casos , deve estar concorrendo a vice ..É lamentável !!  mas, devemos crer na salvação desses agentes condutores de tamanha barbaridade... JESUS! 
Magda Hosn


RESUMO DO RELATÓRIO DA CPI DA PEDOFILIA  NO PARÁ 


DEPUTADO ARNALDO JORDY 

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Assembléia Legislativa, que apura crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, deveria ter em torno de 60 páginas, mas devido ao grande número de denúncias e de casos apurados, deverá chegar a mais de 300, o quíntuplo do previsto.A informação é do relator da CPI, deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS), que finaliza o documento para entregá-lo até final de janeiro. 'Quando foi aberta a CPI, a expectativa era de apurarmos em torno de 20 casos, mas chegamos a quase 150', ressalta, fazendo um balanço positivo dos trabalhos. O parlamentar avalia que a CPI foi uma das atividades mais importantes e exitosas da Assembléia Legislativa em 2009, porque deu visibilidade a um problema que era guardado a sete chaves e mantido pelo pacto criminoso do silêncio, com a Comissão denunciando à sociedade os casos envolvendo abuso sexual contra crianças e adolescentes em todas as regiões do Estado. Ele avalia que a imprensa teve papel fundamental no acompanhamento dos trabalhos da CPI, ajudando a conscientizar a sociedade sobre a importância de denunciar esses abusos. A Justiça também passou a punir mais. Segundo o parlamentar, em doze meses de trabalho da Comissão, mais pessoas foram presas por esse tipo de crime do que nos últimos três anos. 'A CPI conseguiu melhorar o cumprimento das leis e também agilizar as sentenças para esses crimes no âmbito do judiciário', disse, deixando claro que a CPI não tem o poder de julgar ou condenar os criminosos, o que é papel da justiça. 'O que é positivo é que a sociedade passou a discutir o tema, que estava submerso e guardado nos armários', disse.Com o encerramento dos trabalhos, algumas medidas serão anunciadas dentro do relatório final, entre elas, a criação de núcleos do Propaz e de delegacias especializadas no atendimento às crianças e adolescentes nos municípios pólos, com recursos para esse fim já assegurados no Orçamento 2010 do Estado. Há, ainda, a criação de uma subcomissão dentro da Comissão de Direitos Humanos, da Alepa, exclusivamente para tratar desses casos a fim de que as denúncias referentes a esses crimes não encerrem com a CPI. O relatório será entregue a todas as autoridades, assim como também distribuído às entidades que vêm ajudando no trabalho da Comissão, entre elas, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB/Norte), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/Pará) e muitas outras. Às escolas será elaborada uma cartilha educativa para que professores se apropriem mais do tema e possam alertar cada vez mais os seus os alunos para a prevenção do problema.  Números chocam - Os casos que mais chocam com relação ao abuso sexual contra crianças e adolescentes são os praticados contra bebês. No ano de 2008, números levantados pelo programa Propaz mostraram que, somente em Belém, dos 950 casos de crimes de abuso sexual contra menores, 62 envolveram crianças entre zero e dois anos, com 30 delas tendo que passar por cirurgia de recomposição dos órgãos genitais. Entre as crianças de dois a cinco anos que sofreram abuso, foram registrados 144 casos no mesmo período.Também é motivo de indignação e preocupação o número de casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes ocorridos no Pará nos últimos cinco anos: em torno de 100 mil, com 81% deles ocorrendo dentro da família, praticado pelo pai ou outros parentes. 'O criminoso é insuspeito e há um medo de denunciar porque, quase sempre, existe uma relação de poder entre abusador e vítima, com as crianças não tendo o poder de se rebelar e denunciar esses crimes por conta dessa relação', afirma o deputado, lembrando ainda que muitos desses crimes estão ligados à miséria, com muitos pedófilos se aproveitando dessa situação para abusar da vítima. Ele cita, como exemplo, o caso de uma menina de 10 anos, no município de Augusto Corrêa, que teve que manter relações sexuais com oito homens para receber de cada um deles R$ 10. O parlamentar lamentou também os casos em que os pedófilos fazem apostas para ver quem mantém.

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